A cúpula da Nissan acredita que o ex-presidente do conselho de administração da montadora Carlos Ghosn manteve negociações com Eike Batista, ex-homem mais rico do país, e Sérgio Cabral, ex-governador do Rio. Apesar da suspeita de que conversas não republicanas possam ter acontecido, não há acusação formal nesse sentido. As informações são do jornal britânico Financial Times.
De acordo com a publicação, a Nissan acredita que Ghosn era amigo de Cabral e teve reiterados encontros com Eike. Ainda de acordo com o jornal, um porta-voz da família de Ghosn afirmou que os encontros com o empresário estavam relacionados a possíveis investimentos no superporto de Açu, no Rio de Janeiro.
A informação veio à tona após a Nissan tentar impedir o acesso a bens do executivo no imóvel utilizado por ele na capital fluminense, mas que pertenceria à montadora. Familiares de Ghosn pediram à Justiça permissão para entrar no local para retirar itens pessoais. No pedido, eles concebem a possibilidade de um oficial acompanhar os familiares na retirada dos objetos.
Segundo a Nissan, o imóvel seria parte do patrimônio da empresa porque Ghosn teria utilizado fundos de uma subsidiária na Holanda, voltados para investimentos em startups de tecnologia, para financiar a compra de imóveis no Brasil, na França e no Líbano. Os imóveis fazem parte do processo que envolve Ghosn em um caso de fraude financeira no Japão.
Eike Batista foi condenado, em julho, a 30 anos de prisão por ter pago, em 2011, propina de 51,9 milhões de reais a Sérgio Cabral. Já o ex-governador acumula quase 198 anos de prisão em condenações.
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