Executivos da Fiat Chrysler e da Renault-Nissan permanecem abertos à idéia de que um acordo de fusão ainda pode acontecer, mas alertam que as condições impostas por cada parte podem prejudicar os esforços para reiniciar as negociações, informou o Wall Street Journal, citando pessoas familiarizadas com a situação.
Os executivos da Renault estão otimistas de que o resultado da reunião de acionistas da Nissan nesta semana estimule novas negociações de fusão com a FCA, pois o acordo ainda existe na sede da montadora francesa, perto de Paris, disse o jornal, citando pessoas próximas à Renault.
Além disso, a Nissan não se fechou para a possibilidade de um eventual acordo, mas também gostaria de reformular a aliança para permitir maior flexibilidade e independência para cada parceiro, informou o WSJ.
O CEO da Renault, Thierry Bollore, disse na semana passada que não havia nada acontecendo entre a montadora francesa e a FCA após o colapso das negociações de fusões que visam criar a terceira maior montadora do mundo.
As discussões de fusão com a FCA terminaram abruptamente depois que o governo francês, o acionista mais poderoso da Renault, pediu um atraso para obter o consentimento explícito da Nissan. A FCA culpou as "condições políticas na França" quando retirou sua proposta, e um sinal do Estado francês de que abandonaria sua posição sobre a Renault seria necessário para a retomada das negociações, disseram pessoas com conhecimento da situação.
Para a Renault e o estado, a reparação do relacionamento com a Nissan terá prioridade sobre um acordo da FCA, disseram autoridades. A França, em particular, vê o apoio explícito da montadora japonesa como crucial para o sucesso de uma combinação FCA-Renault.
Apesar da acusação que seguiu as negociações fracassadas, Renault, FCA e França deixaram a porta aberta para um possível acordo enquanto se preparam para as caras mudanças que varrem a indústria, como o desenvolvimento de veículos elétricos e autônomos.
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