segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Nissan amplia investigação sobre Carlos Ghosn a outros executivos



A investigação da Nissan sobre Carlos Ghosn se tornou internacional, e foi estendida a outros executivos importantes, e envolve pelo 2 nomes leais a ele.

Ghosn, que ainda mantém seus cargos na montadora francesa Renault, está detido em Tokyo desde novembro passado para interrogatório, e segundo as rígidas regras da Justiça no Japão, ele não é visto em público desde então, e tem falado apenas com seus advogados e algumas poucas pessoas da representação diplomática.

No dia 08/jan, amanhã, ele pretende falar perante o tribunal de Tokyo, quando poderá expressar sua versão dos acontecimentos.

As investigações internas da Nissan, que tiveram seu escopo ampliado, têm suas informações compartilhadas com os promotores japoneses,, há quem tema que estas informações possam ser utilizadas contra executivos leais a Ghosn, levando a seu afastamento.

No sábado passado a Nissan divulgou que José Munoz estaria se afastando sob licença de suas atividades normais, passando a dedicar "em tarefas especiais que surgiram de eventos recentes". Munoz tem o cargo de Chief performance Officer, e vinha cuidando das operações da Nissan na China. Seu súbito afastamento coincide após a Nissan ter descoberto irregularidades em contratos no México e USA, contratos assinados por Munoz entre 2014 e 2018, quando ele comandava as operações na região.

Fontes declaram existir contratos de distribuição e fornecimento que favorecem empresas que possuem algum tipo de ligação com Ghosn. As operações nos USA, no entanto, necessitam de aval da Organização de Compras Renault-Nissan, provavelmente tais contratos que driblaram a aprovação da organização provavelmente teria sido realizados em outras partes do mundo.

Separadamente, Arun Bajaj, chefe de recursos humanos da Nissan, também foi afastado e está cooperando com os promotores japoneses sobre questões tributárias de Ghosn, segundo fontes. O passaporte de Bajaj foi retido pelos promotores japoneses, e ele continua em sua casa em Tokyo, afastado de suas atividades na Nissan.


Munoz chegou a ser citado na mídia como um dos possíveis sucessores de Ghosn, mas ele tem um legado ruim na operação da Nissan nos USA, que com sua política de descontos extremamente agressiva derrubou a rentabilidade da montadora.

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