sábado, 26 de janeiro de 2019

GM não sai do Brasil, mas trabalhadores podem pagar a conta

A Chevrolet definitivamente não vai sair do Brasil, mas a marca precisará mudar drasticamente para colocar as contas no azul novamente. Novas informações obtidas pelo Automotive Business revelam que a GM estuda um projeto de redução de custos e diminuição de alguns direitos de seus trabalhadores, além de colocar em xeque os investimentos programados para a próxima década.



Os R$ 13 bilhões do passado
Anunciado em 2015, o plano de investimento da General Motors do Brasil para a produção de uma nova família de modelos compactos teve um aporte de R$ 13 bilhões, que serão gastos até o final desse ano. O investimento tem como objetivo lançar as novas gerações de Onix, Prisma e Tracker, que devem chegar até a virada do ano, além de uma nova família de motores. Os valores também englobam modernização das fábricas de São Caetano (SP), Gravataí (RS) e Joinville (SC).
No entanto, Carlos Zarlenga, presidente da GM Mercosul, afirmou em uma reunião com representantes do sindicado de São Caetano que o ciclo de investimentos programado para além de 2020 até 2023 está ameaçado devido às contas negativas do grupo. Com problemas também na matriz americana, a ordem é reduzir custos em todos os cantos: caso a estratégia seja bem-sucedida e haja lucro, os investimentos voltarão à mesa.



Reduções
Um dos pontos já adotados pela marca para reduzir custos e aumentar a lucratividade é a diminuição da comissão média nas concessionárias: os funcionários tiveram sua cota reduzida de 5% para 4%. Existem outras propostas enviadas pela General Motors ao sindicato de metalúrgicos das fábricas e que estão em discussão no momento. Durante o anúncio de cortes de fábricas nos EUA, a GM também revelou que fechará mais duas plantas ao redor do mundo, colocando unidades fabris brasileiras sob ameaça.
A fábrica de São José dos Campos, por exemplo, ficou de fora do último ciclo de investimentos por conta de um impasse com o sindicato local que impossibilitou a redução de alguns custos para viabilizar a produção de carros compactos com menor margem de lucro. Atualmente a planta produz apenas S10 e Trailblazer.

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