Visitar uma concessionária não costuma figurar na lista das melhores experiências de consumo. O processo analógico e, muitas vezes, burocrático de compra de um veículo destoa em um mundo cada vez mais digital. Ciente disso, a Volkswagen desenhou estratégia para transformar esta jornada e, de quebra, resolver outro problema: o investimento estratosférico que os distribuidores precisam fazer para colocar de pé uma revenda da marca. “A partir de dezembro começaremos a implementar o conceito de concessionária digital”, conta Fabio Rabelo, head de digitalização e novos modelos de negócio da montadora no Brasil.
O plano é colocar a novidade em 20 revendas da Volkswagen no próximo mês, ainda como uma ilha digital. A partir de fevereiro de 2019 a companhia deve espalhar o formato em todas as suas lojas na América Latina, em até 10 países. O alcance será grande: a rede de revendas da marca alemã é uma das maiores entre as montadoras no Brasil. Rabelo, no entanto, não especifica quando a companhia pretende inaugurar revendas já nativas digitais, que já nasçam totalmente focadas no novo conceito, mas dá pistas de que isso deve acontecer em breve.
O CARRO É REAL, A EXPERIÊNCIA, DIGITALIZADA
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O novo conceito para as concessionárias da marca é de oferecer uma nova jornada para o cliente, totalmente apoiada em recursos tecnológicos e pensada para melhorar a experiência do consumidor. Nada de entrar em uma grande revenda cheia de carros e se sentir deslocado ou de sentar na frente de uma mesa burocrática para falar dos opcionais disponíveis para o veículo. Agora a discussão toda será apoiada nos recursos visuais apresentados em uma grande tela instalada na loja. Ali o vendedor pode ajudar o cliente a escolher o carro que mais se encaixa em suas necessidades, mostrar com clareza a diferença de cada versão dos modelos da marca, suas caraterísticas e o impacto de cada opção no bolso. Tudo claro e simples.
Com um tablet em mãos, o consultor de vendas pode checar na hora se há estoque do modelo em que o cliente está interessado ou verificar condições de financiamento. Para vivenciar a experiência a bordo do veículo, o cliente veste um óculos de realidade virtual que coloca ele na garagem Volkswagen. Neste universo digital, ele escolhe o carro, entra, conhece o interior e verifica as funcionalidades. Se para fechar o negócio ainda precisar de mais, é só agendar um test drive, como conta Rabelo.
Com um tablet em mãos, o consultor de vendas pode checar na hora se há estoque do modelo em que o cliente está interessado ou verificar condições de financiamento. Para vivenciar a experiência a bordo do veículo, o cliente veste um óculos de realidade virtual que coloca ele na garagem Volkswagen. Neste universo digital, ele escolhe o carro, entra, conhece o interior e verifica as funcionalidades. Se para fechar o negócio ainda precisar de mais, é só agendar um test drive, como conta Rabelo.
“É uma experiência muito melhor para o cliente e um investimento bem mais baixo para o concessionário. Podemos fazer concessionárias menores, de 90 metros quadrados, com toda a jornada apoiada em telas e apenas um ou dois carros expostos”, conta o executivo. |
Ele cita a possibilidade de inaugurar uma loja Volkswagen dentro de um shopping, por exemplo, e oferecer test drive agendado em carros que ficam no estacionamento, sem a necessidade de ter tudo reunido ali e exposto no espaço físico da marca. Menos investimento para oferecer uma experiência melhor para o cliente, assegura.
Apesar de o modelo de concessionárias menores, sem o amplo showroom, já ser bastante conhecido na Europa, a jornada digital da revenda foi desenvolvida localmente pelo time de Rabelo em parceria com a Vetor Zero, estúdio de 3D e animação. O executivo não revela o valor investido no projeto, apenas aponta que o montante não foi grande perto do potencial de resultado que a solução pode gerar.
Apesar de o modelo de concessionárias menores, sem o amplo showroom, já ser bastante conhecido na Europa, a jornada digital da revenda foi desenvolvida localmente pelo time de Rabelo em parceria com a Vetor Zero, estúdio de 3D e animação. O executivo não revela o valor investido no projeto, apenas aponta que o montante não foi grande perto do potencial de resultado que a solução pode gerar.
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