A Nissan Motor Co. planeja lançar cinco novos modelos no Japão no ano fiscal de 2020 e lançar veículos híbridos em todo o mundo como parte dos esforços para reabilitar seus negócios, apurou o Yomiuri Shimbun.
A montadora, que planeja continuar com o downsizing, pretende obter uma recuperação precoce de seus ganhos sob uma nova equipe de liderança a ser lançada em dezembro, de acordo com um esboço de suas medidas de reconstrução de negócios.
Um dos modelos que a Nissan planeja lançar é o Ariya Concept, um utilitário esportivo elétrico cujo protótipo foi apresentado no Salão Automóvel de Tóquio em outubro, segundo fontes próximas à empresa.
Espera-se que o Ariya Concept seja equipado com acesso à Internet e um sistema de direção automatizado para dirigir com as mãos livres nas vias expressas, entre outros recursos de última geração.
A montadora planeja começar a vender seu SUV compacto Kicks no Japão, um modelo popular na América do Sul e em outras regiões, e também reformular completamente os modelos existentes, como o Note, X-Trail e Dayz Roox, disseram as fontes.
A Nissan lançou apenas três novos modelos no Japão desde o ano fiscal de 2014. Desempenho de negócios deteriorado resultante de uma expansão excessiva de vendas sob o ex-presidente Carlos Ghosn, significava que a montadora não tinha recursos para desenvolver novos modelos para o mercado doméstico.
A Nissan lançou pela última vez cinco modelos em um ano no ano fiscal de 2013. A empresa espera impressionar o público com uma postura de gerenciamento agressiva sob o slogan "Novo Nissan".
A Nissan também tentará se recuperar de um revés nos mercados estrangeiros. A montadora planeja lançar novos modelos equipados com o sistema híbrido "e-Power", no qual um motor de combustão interna é usado para acionar um gerador elétrico que aciona um motor elétrico, disseram eles. Seu objetivo é vender esses modelos na China e na Europa no ano fiscal de 2021 e nos Estados Unidos no ano seguinte ou mais tarde.
O lucro operacional da Nissan, que representa os lucros de seu negócio principal, está em declínio desde o ano fiscal de 2016 e deve cair para ¥ 150 bilhões no ano fiscal de 2019, menos da metade do nível do ano anterior.
A empresa manterá seu plano de reduzir a capacidade de produção em 10%, de 7,2 milhões de unidades para 6,6 milhões, interrompendo as linhas em 14 bases ao redor do mundo até o ano fiscal de 2022, entre outras medidas, disseram as fontes.
A montadora planeja reduzir sua força de trabalho em cerca de 12.500 em conformidade. Até o final deste ano fiscal, a Nissan planeja cortar mais de 6.400 empregos em oito bases em todo o mundo, incluindo suas fábricas nas prefeituras de Tochigi e Fukuoka.
Os fabricantes afiliados de autopeças da Nissan também estão simplificando suas operações em resposta à redução da capacidade de produção da montadora.
A promoção de Makoto Uchida, vice-presidente sênior responsável pelo mercado chinês, para presidente e diretor executivo a partir de 1º de dezembro marca o lançamento da nova equipe de liderança da Nissan. A empresa está acelerando os esforços para reconstruir suas operações, um ano depois da prisão de Ghosn.
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