TÓQUIO - O ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, foi finalmente autorizado a conversar com sua esposa na sexta-feira, sete meses depois que um tribunal japonês proibiu o contato direto entre os dois.
Ghosn conversou com sua esposa Carole por cerca de uma hora por volta do meio-dia por videoconferência do escritório do advogado de Ghosn, confirmou um de seus advogados da equipe de defesa.
O Tribunal Distrital de Tóquio aprovou a breve ligação pontual um dia antes, depois de rejeitar petições repetidas por Ghosn ao longo dos meses. O tribunal proibiu o contato como parte das condições estritas de fiança estabelecidas quando Ghosn foi libertado da prisão pela segunda vez no final de abril.
Os promotores argumentaram que, ao permitir contato direto com Ghosn, corria o risco de os dois conspirarem para adulterar as evidências. A equipe de Ghosn respondeu que sua esposa não tem envolvimento direto no caso e que a restrição é apenas uma penalidade destinada a aplicar pressão psicológica.
"Esta decisão judicial é válida apenas por uma vez e não temos certeza se o tribunal concederá outra chance daqui para frente", disse um dos advogados de Ghosn. "Mas continuaremos solicitando que o tribunal facilite as condições da fiança para permitir que Ghosn se comunique ou conheça sua esposa."
O casal foi autorizado a falar apenas com a supervisão de um advogado, e eles foram impedidos de discutir o processo legal movido contra Ghosn. Carole Ghosn viu o marido pela última vez no início de abril, quando Ghosn, que estava sob fiança desde sua primeira prisão, foi preso pela segunda vez.
Durante os dois encarceramentos, Ghosn passou um total de 129 dias em confinamento solitário.
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