terça-feira, 30 de julho de 2019

Nissan tenta firmar imagem de modernidade com lançamento do Leaf no Brasil



A Nissan ensaiou muito até se definir pela importação para o Brasil do Leaf, de seu modelo elétrico mais famoso. Lá fora, o hatch já atingiu a marca de 400 mil unidades vendidas, um número tímido se for levado em conta que está em seu 10º ano de mercado. E a chegada no Brasil não deve alterar esse ritmo em nada.

A previsão é que sejam vendidas apenas 200 unidades por ano. Em parte, por se tratar de um carro de imagem, que nem pretende alcançar volumes mais expressivos.

Mas também porque o preço do modelo o retira de qualquer lógica objetiva de mercado. Ele chega oficialmente por R$ 195 mil, depois de ter tido 19 unidades reservadas em pré-venda desde o Salão do Automóvel de São Paulo a R$ 178.400 cada.

Segundo o presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva, se a empresa fosse esperar que o país tivesse uma infraestrutura montada para modelos elétricos, o Leaf não seria lançado tão cedo. Mesmo que se espere que o modelo não seja um sucesso de vendas, interessa também à Nissan a valorização da imagem da marca e de sua capacidade tecnológica. O hatch médio elétrico, de fato, traz um enorme arsenal eletrônico para a gestão dos sistemas elétricos que movimentam o modelo.

O modelo que vem para o Brasil é construído na fábrica japonesa em Yokohama, e a versão escolhida equivale à básica S vendida nos Estados Unidos – tem ainda as versões SV e SL.

No catálogo brasileiro, o Leaf tem itens de conforto e controle dinâmico comparáveis aos de um hatch médio. Estão lá ar-condicionado automático, iluminação full led, acabamento em couro, volante multifuncional, controle de cruzeiro, controle de tração, de estabilidade, assistente de partida em rampa, seis airbags, sistema multimídia com tela touch e conexão Bluetooth, câmera de ré 360º com sensor de obstáculos, entre outros. Até aqui, tudo muito familiar aos carros convencionais.

Todos esses recursos são monitorados a partir do painel digital em TFT. Assim como a carga da bateria. Junto com o Leaf, a Nissan entrega um equipamento de recarga, com instalação incluída, que permite a recarga completa entre 6 e 8 horas.

Há também um cabo para recargas de emergência, que pode ser usado em tomadas residenciais comuns. O tempo de recarga, nesse caso, é de 30 horas. Já em um equipamento de recarga rápida, como em alguns pontos específicos, 80% da capacidade pode ser recuperada em 40 minutos, mas este método não é indicado pois reduz a vida útil da bateria.

Inicialmente, o Leaf será vendido no Distrito Federal e em mais cinco cidades: Rio, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis. A garantia é de três anos para o modelo e oito para o conjunto de baterias (que custa R$ 60 mil).


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