PARIS (Reuters) - A montadora francesa Renault disse na terça-feira que suas vendas mundiais caíram 21,3% no ano passado, apresentando desempenho inferior ao declínio no mercado automotivo global desencadeado pela pandemia de COVID-19 e à desaceleração nas economias mundiais.
Mas a empresa, que está tentando reverter seu desempenho após reconhecer que se sobrecarregou ao longo de anos de ambiciosa expansão global, disse que seu plano de recuperação ainda está em andamento.
Ela disse que um elemento-chave desse plano é o foco na lucratividade, não no volume de vendas.
"Estamos começando 2021 com um nível de pedidos maior do que em 2019, um nível de estoque mais baixo e um posicionamento de preço mais alto em toda a faixa", disse o CEO Luca de Meo em um comunicado.
A empresa disse que as vendas globais totais no ano passado foram de 2,949 milhões de veículos. A queda nas vendas da Renault na Europa foi de 25,8%, ligeiramente abaixo do desempenho do mercado automotivo europeu em geral.
Mas as vendas de veículos elétricos na região foram fortes, aumentando 101,4% de 2019 para 115.888.
A Renault anunciou no ano passado planos para cortar cerca de 15.000 empregos, reduzir a produção e reestruturar as fábricas francesas em uma tentativa de economizar 2 bilhões de euros.
Como sua parceira de aliança japonesa Nissan, a Renault está voltando com um agressivo plano de expansão perseguido por Carlos Ghosn, seu ex-chefe que se tornou fugitivo.
A dupla estava entre as montadoras globais mais fracas entrando na crise do COVID-19, sem um plano claro para usar sua aliança para emergir da crise e dividir o fardo de investir em veículos elétricos e outras tecnologias.
As ações da Renault subiram 0,7% no início do pregão em Paris, depois que os números das vendas foram divulgados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário