quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Ghosn usou dinheiro da empresa para eventos particulares, diz Nissan



A Nissan Motor Co. disse quinta-feira que o ex-presidente Carlos Ghosn utilizou fundos da empresa para eventos privados no exterior, incluindo uma festa realizada no Palácio de Versalhes e o pagamento de convidados para o Carnaval no Rio de Janeiro.
A Nissan disse em um relatório de governança corporativa enviado à Bolsa de Tóquio que sua joint venture com a Renault SA desembolsou pelo menos 4,9 milhões de euros (¥ 601,3 milhões) como "despesas pessoais de Ghosn e não relacionadas aos propósitos corporativos (do empreendimento)".



A joint venture, Renault-Nissan BV, também pagou pelos jantares de Ghosn no Museu Marmottan, em Paris, presentes comprados na joalheria de luxo Cartier e honorários advocatícios em um escritório de advocacia no Líbano, país onde a Nissan conduzia pouco negócio, a montadora japonesa disse.
Em um relatório descrevendo medidas para melhorar a governança após a prisão de Ghosn por suposta má conduta financeira em 2018, a Nissan também disse que seu conselho decidiu abolir os cargos de adviser e consultor, que foram dados a diretores aposentados.
"Nenhum desses executivos está envolvido em operações diárias ou no exercício de julgamento comercial ou comparece a reuniões de administração", afirmou a Nissan em seu Relatório de Status de Medidas de Melhoria.
A Nissan decidiu punir três pessoas além de Ghosn e Greg Kelly, o ex-diretor representante que foi preso por supostamente conspirar com o ex-presidente, por seu envolvimento na falta financeira, informou a empresa sem dar detalhes.

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