terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
Presidente da Renault, Senard, vai encontrar Saikawa da Nissan esta semana
TÓQUIO - O presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, se reunirá com a CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, esta semana no Japão, enquanto buscam formas de concretizar sua parceria após a saída do ex-líder da aliança Carlos Ghosn, disse a montadora japonesa.
Senard, nomeado presidente da montadora francesa no mês passado, visitará a sede da Nissan em Yokohama para conhecer os executivos da empresa e conhecer melhor seu parceiro japonês.
"O CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, está ansioso para se familiarizar com Senard com as operações da Nissan e da Alliance para otimizar seu trabalho em conjunto", afirmou a montadora em comunicado.
No começo do dia, Saikawa disse à imprensa japonesa que estava ansioso para amenizar as relações entre a Nissan e a Renault que foram tensas nos últimos meses após a prisão de Ghosn em Tóquio e sua demissão imediata como presidente da Nissan. "Antes de tudo, temos que restabelecer a confiança e estabilizar o relacionamento", disse Saikawa, segundo o Nikkei. "Queremos que ele saiba mais sobre a equipe da Nissan."
As notícias da Kyodo informaram que Senard visitaria por dois dias a partir de 14 de fevereiro.
Senard, ex-CEO da fabricante de pneus Michelin, juntou-se à Renault no final de janeiro, depois que Ghosn foi forçado a renunciar ao cargo de chairman e CEO da Renault, após ser preso por alegações de má conduta financeira.
Ghosn foi indiciado no Japão por sub-reportar seu salário da Nissan por oito anos e temporariamente transferir perdas pessoais para os livros da montadora durante a crise financeira global. O executivo, creditado por dar a volta na Renault e na Nissan, continua detido enquanto aguarda julgamento que pode levar vários meses. Ele nega qualquer irregularidade.
A especulação sobre a futura estrutura de capital da parceria Renault-Nissan tem sido abundante desde a prisão de Ghosn, que vinha explorando maneiras de tornar a aliança "irreversível" antes de sua prisão.
Saikawa argumentou que não é hora de discutir a estrutura ideal da aliança, embora ele tenha dito que quer trabalhar de perto com Senard, que provavelmente ocupará o conselho da Nissan.
A aliança de montadoras foi sustentada pela participação de 43,4% da Renault na Nissan, que por sua vez detém 15% de participação sem direito a voto na Renault.
O governo francês possui uma participação de 15 por cento na Renault.
O chefe do ministério da indústria do Japão negou na terça-feira relatos da mídia de que o governo da França teria dito que poderia reduzir sua participação na Nissan, informou o jornal Jiji, repetindo uma negativa semelhante do Ministério das Finanças da França na semana passada.
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