sábado, 11 de abril de 2020

Nissan Leaf faz 10 anos




O Leaf era um ilustre desconhecido quando desembarcou no Brasil em 2012. Poucos privilegiados puderam dirigi-lo até hoje, já que o carro foi utilizado apenas por taxistas em um programa piloto patrocinado pela Nissan. Só no ano passado o modelo começou a ser vendido comercialmente, quando estreou já na segunda geração. Posso, então, me considerar privilegiado por ter dirigido todas as gerações do Leaf. E mais do que isso: tive a rara oportunidade de passar vários dias com o carro. Oito anos atrás, a Nissan cedeu um exemplar para uma avaliação de longa duração à empresa onde trabalhava na ocasião. Rodava a maior parte do tempo na cidade, mas fui até para o interior de São Paulo com aquele carro que chamava mais atenção no trânsito do que uma Ferrari. Pena que não era exatamente pela beleza, já que "bonito" não era o adjetivo mais adequado para o primeiro Leaf. As linhas futuristas do modelo eram ousadas demais para seu tempo, mas pouco harmoniosas também. Era difícil achar quem admirasse os faróis esbugalhados e as lanternas translúcidas quase inteiriças. A cabine era mais conservadora, e talvez até demais, destoando da carroceria arrojada. O revestimento na cor creme dos bancos e volante é bonito de ver e horrível de manter. Prova disso era o estado de conservação dos bancos e do volante: apesar de intactos, eles estavam encardidos na unidade avaliada por UOL Carros. O nível de acabamento é bom, apesar do plástico duro em excesso no painel. Várias peças e botões vieram de outros carros da Nissan e a central multimídia não tinha quase utilidade alguma no Brasil, já que vários menus e dados estavam configurados para uso no Japão. Foi o que descobri ao tentar usar o GPS para chegar até o destino das fotos... Se o motorista viaja em uma posição bem agradável, com espaço satisfatório para pernas e uma ampla visibilidade da frente, a posição de sentar no banco de trás é um pouco esquisita. Como o assento fica mais alto do que o comum devido à presença das baterias no assoalho, pessoas de maior estatura podem sofrer um pouco lá atrás. O porta-malas também não é grande (praticamente do mesmo tamanho de um Renault Sandero), mas é muito bem acabado e tem assoalho plano. Lá atrás também fica o cabo para recarga das baterias.




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