terça-feira, 28 de abril de 2020

Nissan Kicks 2020: pequenas melhoras enquanto o novo visual não chega



O Nissan Kicks tem garantido seu sucesso desde o lançamento em 2016, com números. O modelo foi o quarto SUV mais vendido do País em 2019 com 56.060 unidades. Os dados são da Fenabrave, que reúne as concessionários de todo o País. Se levarmos em conta apenas os SUVs compactos, ele é o terceiro.

Produzido em Resende (RJ), o SUV compacto da Nissan foi lançado por R$ 103.990 na versão de topo SL e R$ 106.390 com o pacote Tech. Agora, ele já está tabelado a R$ 104.990 e R$ 107.390, respectivamente. Apesar do sucesso e das boas vendas, o Kicks sempre careceu de alguns detalhes e chega a linha 2020, após quatro anos de mercado, tentando mitigar alguns de seus problemas.

A principal novidade da linha 2020 e que não é um ganho em relação aos concorrentes, mas sim equipara o Kicks é a adoção do sistema de controle de velocidade de cruzeiro, o popular “piloto automático”. O sistema era um dos calcanhares de aquiles do SUV compacto desde seu lançamento. Visto como um item de conforto, especialmente para pegar a estradas em longas viagens.

Além disso, na versão de topo foi incorporado a assinatura de LED diurnos nos faróis, que também usam a mesma tecnologia nas lâmpadas e o apoio central de braço nos bancos dianteiros, acima do porta-objetos. Antes esse item era um acessório vendido na concessionária.

De série, o Kicks SL CVT traz bancos de couro, acendimento automático dos faróis, seis air bags, ar-condicionado automático e digital, sistema de câmera 360º, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa; central multimídia com integração a Android Auto e Apple CarPlay e abertura do veículo e partida por botão com chave presencial. O único item extra no “Pack Tech” é a frenagem autônoma de emergência com alerta de colisão. Ele passou a vir de fábrica também com a tag do sistema de pedágio ‘Sem Parar’ já instalada no para-brisa e caso desejar, o proprietário apenas precisa ativar.

Sob o capô, o Kicks mantém o honesto motor quatro cilindros de 1,6 litros, flexível, que rende até 114 cv a 5.600 rpm e 15,5 mkgf a 4.000 rpm. A transmissão é a automática CVT com função Sport. Nas versões mais básicas há também a versão manual de seis marchas.
Esse conjunto consegue lidar bem com os 1.136 kg do Kicks SL CVT na cidade. O carro arranca bem e não sofre para fazer o que exige dele. Porém na estrada o comportamento deixa a desejar, especialmente com carro cheio e em situações de subida e ou retomadas ou ultrapassagens.
Não tanto pelo motor, mas sim pelo câmbio. A demora na resposta do CVT deixa o Kicks moroso na entrega do torque, privilegiando sempre uma economia de combustível. O que exige ou que o motorista se prepare para realizar uma ultrapassagem ou não tenha tanta pressa. Mesmo com a função Sport ligada, a resposta não ganha muita melhora.
Duas questões, inclusive: Se quiser melhorar suas ultrapassagens, desligue o ar-condicionado. É notório como o Kicks mostra perda de rendimento com o sistema ligado e exige um “pé mais pesado” para manter o ritmo, especialmente em subidas. A outra é que se ninguém te contar na hora da entrega do veículo ou você procurar no manual o local do botão ‘Sport’ no câmbio, provavelmente não irá encontrá-lo. Pequeno e mal localizado, ele é uma surpresa para muitos donos, inclusive. Em tempo: ele fica na parte de trás da alavanca
Em termos de suspensão e conforto o Kicks é muito bom. O ajuste escolhido pela Nissan não é exagerado em fazer a carroceria deitar demais, o que deve agradar a maioria dos usuários. Por outro lado, ele fica longe de oferecer uma condução ‘esportiva’, então ele lida bem com buracos e solavancos.
A direção elétrica com assistência variável poderia ser um pouco mais precisa em velocidade de rodovia (entre 100 km/h e 120 km/h), mas no trânsito urbano ela agrada por ser bem leve, assim como em manobras em baixa velocidade.
Baseado na plataforma do March, o espaço interno é bom para quatro adultos. O quinto ocupante sofre com falta de espaço, tanto para os ombros, quanto para as pernas. Para quem vai na frente o espaço é bom. No caso do motorista a ergonomia é agradável e não peca. O porém é o comprimento do assento, que poderia ser maior para quem tem mais de 1,8 metro, falta apoio para as pernas.


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