quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
OS PLANOS DA NISSAN PARA O BRASIL: LINHA RENOVADA E KICKS, MARCH E VERSA ELÉTRICOS
A Nissan pretende ampliar seu portfólio no Brasil e pensa em investir nos elétricos. O primeiro da fila, já à venda, é o Leaf. Os próximos podem ser o March e o Versa – considerações de Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil.
Entre as novidades, o executivo não descarta a adoção da tecnologia e-power, um meio-termo entre híbrido e elétrico. "Para as novas gerações de March, Versa e o próprio Kicks, acho que temos uma possibilidade muito grande com a tecnologia e-power".
Ele explica que o e-power ofereceria mais economia de combustível e menor taxação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), pontos positivos especialmente nessa categoria de carros. Mas, o alto custo da bateria elétrica impediria que o sistema fosse oferecido desde as versões básicas.
Carro básico e elétrico? Sem chance!
"A gente colocaria esses carros na metade do segmento das suas versões. O Nissan Note é um bom exemplo: é de entrada no Japão, mas tem outros carros menores, que são mais baratos. Ele não é um carro de entrada barato. A gente acredita na mesma coisa. Sim, podem ser carros de entrada, mas não que serão carros baratos de entrada", afirma.
Silva explica que atualmente cerca de 30% das vendas da montadora no Brasil são de versões nessa faixa intermediária. A estratégia seria semelhante à do lançamento do Kicks com câmera 360 graus na versão mais cara. "A câmera 360 graus não é exclusividade nossa, mas no segmento do Kicks, é. Isso posiciona a marca, sempre de forma acessível", diz.
March e Clio, um só
Além disso, não está descartada a possibilidade de que o novo March brasileiro compartilhe a plataforma do Clio europeu, porém mais simplificada. Seria a mesma estratégia da Renault, que pretende usar a estrutura batizada de CMF-B na próxima geração do Sandero. "Nós vamos trabalhar cada vez mais como aliança com a Renault para que isso nos beneficie e para que a gente possa trazer produtos mais competitivos", diz.
O novo Versa vem aí
Também está prevista uma renovação para o Versa, que agora tem novos rivais no mercado, como o Fiat Cronos e o Volkswagen Virtus. "Nós vamos cuidar com muito carinho da nova geração do Versa porque a gente considera que o segmento de sedãs é muito importante no Brasil. O March é um pouco mais complicado porque tem muitos outros players nesse segmento. Mais do que isso, tem muitos players bons nesse segmento", afirma.
Nissan Terra, o SUV raiz
A vinda do Nissan Terra também é estudada, mas ainda depende de dois fatores principais: a retomada do mercado argentino e a próxima renovação da picape Frontier. "O Terra, apesar de muito similar à Frontier, não é a Frontier. Em termos de tamanho, de chassis, acabamento interno…
Tem uma parte de desenvolvimento e a gente precisa fazer isso dentro de um ciclo. A gente tem que estudar em que momento seria melhor ter esse veículo: junto com uma nova geração de Frontier ou numa mudança de meio de vida dela. O Terra teria que obedecer esse ciclo", conta Marco Silva. Além disso, a queda nas vendas de carros novos na Argentina fez com que a Nissan reduzisse o ritmo de produção por lá. E a fabricação do Terra será exatamente na fábrica da empresa em Córdoba. Para chegar ao Brasil, o Terra precisará atingir altos índices de produção por lá, para dar conta de um volume mínimo de vendas locais e de exportações.
E o Sentra? Sentra porque ele vai demorar
A Nissan não pretende que o Sentra siga os mesmos rumos do Toyota Corolla rumo aos motores híbridos. "O Sentra é uma outra boa discussão. O nosso volume já foi maior, mas pode ser importante no futuro, principalmente na mudança de configuração. É um carro que hoje não está no nosso plano como e-power", diz.
O que é e-power?
A tecnologia e-power é uma espécie de meio-termo entre um conjunto híbrido e um elétrico. Isso porque o carro conta com um tanque de combustível responsável por alimentar uma bateria elétrica.
E é essa bateria, exclusivamente, que traciona o eixo do carro. Já nos carros híbridos convencionais a tração é feita por um motor a combustão, um elétrico ou por ambos ao mesmo tempo.
Apesar de ser um carro movido a eletricidade, ele não precisa ser conectado à tomada. Pelo contrário: o motorista ainda precisará visitar o posto de combustível para abastecer o tanque.
Segundo a Nissan, o e-power garante autonomias maiores do que a de outros híbridos ou elétricos, chegando a 600 km, dependendo do modo de condução.
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