segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Comitê de governança da Nissan vai propor limites para cargo de chairman




O  comitê de governança da Nissan vai propor a redução do poder do cargo de presidente após a demissão de Carlos Ghosn, que exerceu forte influência sobre a aliança com a Renault SA, disseram fontes no domingo.

O comitê foi criado após a prisão de Ghosn, que está aguardando julgamento por alegada má conduta financeira, uma vez que a atual liderança da montadora japonesa acredita que a concentração de poder pode levar a abusos.

Ghosn atuou como presidente supervisionando a aliança com a Renault e a Mitsubishi Motors, terceiro parceiro no segundo maior grupo de aliança de automóveis do mundo, e presidiu o conselho da Nissan.

O comitê, formado por um advogado, ex-chefe de lobby comercial e diretores externos da Nissan, também proporá a divisão do papel de coordenação de alianças do presidente e da administração da Nissan, recomendando a presidência do conselho diretor, disseram as fontes.

O comitê deve finalizar um relatório sobre suas recomendações até o final de março para revisão em uma reunião do conselho em abril.

A Nissan está revisando sua estrutura organizacional e selecionando pessoal-chave para aprovação na assembléia geral ordinária em junho.

A Nissan disse que pretende nomear seu novo presidente com base em propostas do comitê de governança.

A Renault, apoiada pelo governo francês, está buscando que seu presidente, Dominique Senard, seja o também  presidente da Nissan, como foi o caso de Ghosn.

A Renault detém uma participação de 43,4 por cento na Nissan com direito a voto, mas a empresa japonesa detém apenas 15 por cento de participação na empresa francesa sem direito a voto.

Espera-se que Senard seja nomeado para o conselho da Nissan em uma assembléia extraordinária de acionistas em abril.

A Renault é contra as tentativas da Nissan de reduzir sua participação na aliança, enquanto a Nissan pretende ter uma voz maior na aliança.

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