
O comitê de governança da Nissan vai propor a redução do poder do cargo de presidente após a demissão de Carlos Ghosn, que exerceu forte influência sobre a aliança com a Renault SA, disseram fontes no domingo.
O comitê foi criado após a prisão de Ghosn, que está aguardando julgamento por alegada má conduta financeira, uma vez que a atual liderança da montadora japonesa acredita que a concentração de poder pode levar a abusos.
Ghosn atuou como presidente supervisionando a aliança com a Renault e a Mitsubishi Motors, terceiro parceiro no segundo maior grupo de aliança de automóveis do mundo, e presidiu o conselho da Nissan.
O comitê, formado por um advogado, ex-chefe de lobby comercial e diretores externos da Nissan, também proporá a divisão do papel de coordenação de alianças do presidente e da administração da Nissan, recomendando a presidência do conselho diretor, disseram as fontes.
O comitê deve finalizar um relatório sobre suas recomendações até o final de março para revisão em uma reunião do conselho em abril.
A Nissan está revisando sua estrutura organizacional e selecionando pessoal-chave para aprovação na assembléia geral ordinária em junho.
A Nissan disse que pretende nomear seu novo presidente com base em propostas do comitê de governança.
A Renault, apoiada pelo governo francês, está buscando que seu presidente, Dominique Senard, seja o também presidente da Nissan, como foi o caso de Ghosn.
A Renault detém uma participação de 43,4 por cento na Nissan com direito a voto, mas a empresa japonesa detém apenas 15 por cento de participação na empresa francesa sem direito a voto.
Espera-se que Senard seja nomeado para o conselho da Nissan em uma assembléia extraordinária de acionistas em abril.
A Renault é contra as tentativas da Nissan de reduzir sua participação na aliança, enquanto a Nissan pretende ter uma voz maior na aliança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário