segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Um dos homens responsável pela denúncia que levou a prisão de Carlos Ghosn




O ex-chairman da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, ainda detido na prisão em Tokyo sob acusação de crimes financeiros, não deve ter imaginado que sua queda poderia ser causada por um um dos leais executivos.

Hari Nada, senior vice presidente no escritório do CEO da Nissan, é um advogada nascido na Malásia, de ascendência indiana.

 Nascido em 10 julho de 1964, seu nome real é Hermant Kumar Nadanasasabapathy, e ele é descirto por seus colegas como um tranquilo executivo que foi capaz de construir assim como gerenciar relacionamentos. Ele era um dos três administradores da Zi-A Capital BV, uma subsidiária holandesa criada por Greg Kelly em 2010 pelo motivo expresso de construir uma casa para Ghosn em Beirut em 2012 por US$8,8 milhões, nos quais outros US$6 milhões foram gastos na opulenta reforma, que incluiu inclusive dois castiçais no valor de US$74.000. Kelly, que também foi preso no mesmo dia que Ghosn, foi depois liberado sob fiança.

Hari Nada ficou preocupado com os montantes envolvidos na aposentadoria de Ghosn, que preparou um pacote de mais de US$80 milhões, que incluiu um pacote de cláusulas de não concorrência e comissões de consultoria, apesar de ter sabido dos detalhes ainda antes.

Preocupado que ele poderia ser considerado cúmplice de ações inadequadas e ilegais, Nada contou a situação com um colega, que posteriormente denunciou o caso aos promotores japoneses.

Nada estava preocupado de ser considerado parte no processo de sub-reportar a renda de Ghosn e terminar sob prisão, foi então que ele e colegas que sabiam das operações decidiram aproveitar uma recém introduzida possibilidade de acordo com a justiça japonesa de delação premiada, em troca de imunidade contra o processo.

Nada inclusive conseguiu convencer Kelly a vir ao Japão, conseguindo inclusive um jato privado para trazê-lo a Tokyo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário