sexta-feira, 6 de março de 2020

Nissan Micra 1.0 IG-T 100 CV N-Style




O Micra vai recebendo versões diferentes para se manter apelativo e a mais recente N-Style é um bom exemplo, com diversas particularidades estéticas a par de lista de equipamento mais reforçada para enfrentar rivais mais recentes que trazem outros argumentos.
Lançado em 2017, o Micra de nova geração revelou-se um sucesso, cortando de maneira evidente com o seu antecessor enquanto produto (partilha apenas o nome e a plataforma, mesmo que alterada), ao mesmo tempo que patamares como a imagem e a qualidade deram saltos enormes em frente. No caso da versão N-Style, a aposta está na cor exterior Warm Silver (com tonalidade rosa) associado a pack exterior Burgundy, uma cor afiliada do vermelho carmim e que pode ser encontrada nos para-choques, nas laterais, nas capas dos espelhos retrovisores e nas jantes de 17 polegadas, também elas com desenho específico para esta versão.

Por dentro, a combinação volta a ser de contraste, entre o preto e o tal Burgundy, encontrado no tablier, consola central e nos bancos em pele, uma conveniência desta edição N-Style. No geral, encontramos um ambiente acolhedor e agradável, com alguns pontos melhoráveis, mas que, regra geral, sobressai pela correção e por bons materiais, como o couro aplicado ao tablier e consola central. O ecrã tátil desta versão tem manuseamento correto e boa visibilidade, mesmo que o grafismo pareça algo datado. Num detalhe bem pensado, o compartimento central pensado para os smartphones conta mesmo com um revestimento em borracha para que o mesmo não ande em reboliço pelo habitáculo.
Em termos de espaço, o Micra dá-se bem com quatro ocupantes, tanto em altura como em espaço para as pernas atrás, o que lhe garante dessa forma uma boa capacidade para viagens com companhia, mas um quinto passageiro só mesmo com muita boa vontade. Ainda assim, em termos de habitabilidade, o Micra dá também um salto em frente. Até mesmo a bagageira, agora com 300 litros, permite maior polivalência, mesmo que o lábio de carga seja elevado.
Motor desenvolto
O novo motor 1.0 IG-T de 100 CV, com três cilindros, injeção direta e turbo, revela-se enérgico e capaz de andamentos bastantes desenvoltos tanto em cidade como fora dela (zero aos 100 km/h em 10,9 segundos). Embora lhe falte algum refinamento em termos de acústica e de vibrações, o motor de três cilindros permite condução animada, sobretudo entre as 1500 e as 3000 rpm (com o binário máximo de 160 Nm disponível às 2750 rpm), sendo neste intervalo de utilização que o bloco sobressai. A caixa manual de cinco velocidades tem escalonamento ajustado para uma utilização polivalente, sendo de fácil manuseamento. Os consumos estão dentro do que é homologado pela Nissan, com um registo de 6,0 l/100 km obtido no nosso ensaio, efetuado a velocidades dentro dos limites e sem excessos. Um ponto positivo.


Outro atributo muito melhorado pela Nissan nesta geração do Micra foi o da agilidade, com o novo modelo a surgir dotado de uma competência elogiável na forma como aborda as curvas (até pela direção bem parametrizada), ainda que, não sendo propriamente desconfortável se torne menos permissivo com a utilização das jantes de 17 polegadas. Porém, pelo seu equilíbrio geral, consegue ser divertido de conduzir em estradas fora da cidade, onde as suas dimensões compactas e agilidade jogam muito a seu favor, mas é a polivalência de utilização que lhe dá mais pontos.
Ao nível do equipamento, a versão N-Style destaca-se pelas já referidas vertentes de cor, a que se junta um leque alargado de soluções que merecem nota. No caso do modelo ensaiado, se há uma característica que importa mencionar é a do sistema de som desenvolvido em parceria com a Bose e que coloca um altifalante no encosto da cabeça do condutor (além dos outros altifalantes e subwoofer), dotando este Micra de uma qualidade sonora interior que merece elogios. Além disso, a câmara traseira e os sensores de estacionamento atrás auxiliam nas manobras urbanas, enquanto os sistemas de segurança como o alerta de saída da faixa de rodagem ou o de reconhecimento dos sinais de trânsito promovem uma condução mais segura.



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