sexta-feira, 28 de julho de 2017

Veículos autônomos: lerdos ou absurdamente caros

autonomous hardware

A corrida das montadoras para oferecer carros autônomos pode esbarrar no problema dos sensores chamados de LIDAR, um sistema a laser que mapeia o entorno do carro.

Primeiro uma questão de custo, já que os sensores mais baratos não são capazes de prover dados com qualidade suficiente para o veículo trafegar em vias de trânsito rápido. O sistema a laser é o mais indicado, pois oferece resolução maior que um radar, e não sofre com as variações de luz no ambiente.

Existem várias opções de LIDAR no mercado, sendo que a empresa líder atualmente é a Velodyne, cujo equipamento topo de linha é o HDL 64E que custa cerca de US$80.000. Este equipamento emite 64 feixes de laser separados por um ângulo de 0,4 graus (quanto menor o ângulo entre os feixes de laser, maior é resolução da imagem produzida), com um alcance de 120 metros. No outro extremos, a empresa oferece o Puck por US$8.000, que emite 16 feixes de laser separados por um ângulo de 2 graus e 100 metros de alcance.

Viajando a 70 milhas por hora, equivalente a 31,3 metros por segundo, o sistema captar um objeto a 60 metros de distância significa que o carro leva cerca de 2 segundos para chegar a este objeto. Mas considere também que a esta velocidade, para parar totalmente o carro você pode precisar de até 100 metros para parar totalmente o carro. De forma que um alcance de 200 metros do LIDAR seria uma medida melhor para o sistema funcionar.

Percebam que o uso de um LIDAR com range maior e mais preciso joga o custo do veículo autônomo para o espaço, mas em troca possibilitaria o veículo ser capaz de trafegar a velocidades maiores. O uso de um sistema com menor alcance condena o veículo autônomo a trafegar em velocidades extremamente baixas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário