sexta-feira, 8 de junho de 2018

FIAT, cada vez mais brasileira

No Brasil, no lugar do 500X, a Fiat terá um SUV compacto para aproveitar a onda favorável aos utilitários esportivos


A mídia internacional estranhou o fato de a Fiat não ter uma apresentação de planos específica no chamado Investor Day. Só Jeep, Ram, Alfa Romeo e Maserati tiveram essa honraria. Chrysler e Dodge também ficaram de fora, assim como a italiana Lancia, já condenada à extinção. As duas marcas americanas realmente vão encolher. A Fiat também, na Europa, mas não no Brasil. A sinalização na Europa foi a de que apenas os compactos 500 e Panda terão continuidade. A família 500 terá, inclusive, versões híbridas e elétricas. Já o Punto sairá de linha, e o Tipo não deve durar muito. Também não há planos para a Fiat nos EUA. Em outros continentes, apenas a divisão Fiat Professional (modelos de trabalho) terá atuação, sobretudo na África, Oceania e leste europeu. Mas, e no Brasil? Aqui, os fãs da Fiat (e os concessionários) podem respirar aliviados, pois haverá investimentos, com foco em utilitários mais urbanos e acessíveis que os da Jeep. Serão quatro novidades: 1) Aventureiro urbano derivado do Jeep Renegade, feito em Pernambuco. 2) Mini aventureiro derivado da plataforma do Argo, feito em Minas Gerais. 3) Modelo familiar de sete lugares, espécie de SUV da Toro, para ocupar a lacuna deixada pelo Freemont. 4) Picape média de origem Ram, mas com logo Fiat aqui no Brasil, para enfrentar Hilux, S10 e cia. Ela poderá ser feita em Pernambuco. Aliás, está sendo usada de chamariz para obter algum tipo de incentivo fiscal para a fábrica a partir de 2020, quando se encerra o programa de isenções que atraiu para a região a mais moderna das fábricas do grupo. Caso não receba incentivo local, a picape poderá ser importada do México Sim, a Fiat, que nas palavras de Marchionne já era mais brasileira do que italiana, agora será mais brasileira do que nunca, dado o encolhimento em outros mercados, inclusive em seu berço. O Brasil continuará sendo fundamental no desenvolvimento dos compactos, em especial da linha Argo/Cronos, e também de utilitários como Doblò e Uno Furgão. Esses modelos, assim como as picapes leves, são vendidos na América Latina com o logo da Ram.

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