A corte federal de Miami, USA, registrou um processo no mês de março passado, contra Honda, Toyota, Nissan e BMW.
Ao que parece, as montadoras mesmo sabendo dos problemas dos airbags da Takata, prosseguiram usando o equipamento inseguro.
-Honda, a maior cliente da Takata, estava intimamente ligada ao desenvolvimento dos airbags, e dois airbags explodiram nas instalações da Honda em 1999 e 2000. "Antes que a Honda iniciasse o processo de recall em 2008, pelo menos 8 rupturas haviam ocorrido em veículos Honda.", disseram os advogados do caso.
-A Toyota tinha preocupações com a qualidade dos airbags em 2003, o mesmo ano em que um airbag explodiu numa instalação de testes da Toyota, Pelo menos 15 inflatores explodiram em Toyotas até 2014, quando a Toyota começou o recall nacional nos USA, segundo os documentos apensados ao processo.
-A Ford utilizou os airbags da Takata mesmo contra recomendações de seus especialistas, pois a Takata era a única empresa com capacidade de produzir airbags em quantidade suficiente. Um documento anexado ao processo diz que "a Ford tinha uma arma apontada para sua cabeça, por isto tiveram de aceitar o uso do nitrato de amônio dos airbags da Takata".
-A Nissan passou a utilizar os airbags da Takata primariamente (se não exclusivamente) pela economia de US$ 4 por inflador. Outra montadora avisou a Nissan sobre o risco dos infladores em 2006, 8 anos antes do recall nacional feito pela Nissan.
-Na BMW, os documentos mostram que a montadora buscava redução de custos. Em 2003 uma airbag havia se rompido nas instalações da montadora na Suíça.
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