quarta-feira, 29 de julho de 2020

Nissan alerta para prejuízo operacional de US$ 4,5 bilhões

A Nissan alertou nesta terça-feira (28) que prevê o maior prejuízo operacional anual já registrado na empresa. A montadora culpa o colapso da demanda impulsionado pela pandemia do coronavírus (covid-19) nos principais mercados e em suas operações globais.

Ao entregar o balanço de resultados referente ao primeiro trimestre do ano fiscal encerrado em março de 2021, a Nissan indicou que estima uma perda operacional anual de US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 23,20 bilhões), um número que seria o pior já registrado e o segundo ano consecutivo de prejuízo para a montadora.

A perspectiva pessimista vem à tona quando a empresa enfrenta uma série de problemas, incluindo o que alguns executivos descreveram como um relacionamento “profundamente perturbado” com a montadora francesa Renault, seu maior acionista e parceiro de aliança nas últimas duas décadas.

A previsão para o ano inteiro da Nissan indica um prejuízo operacional de US$ 1,46 bilhões no segundo trimestre de 2020. Analistas disseram que isso sugeria que a empresa não espera uma recuperação dos negócios em forma de “V”. Excluindo os lucros de sua divisão financeira, a empresa prevê até US$ 6,38 bilhões em perdas operacionais apenas para sua divisão automotiva.

Durante o período de três meses, as vendas globais de veículos da Nissan foram de apenas 643.000 unidades, representando uma queda de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada por enormes quedas na demanda norte-americana e chinesa. A previsão da Nissan para o resto do ano é que seu volume global de vendas cairá 16,3%, correspondendo aproximadamente à tendência geral do mercado.

O executivo-chefe da Nissan, Makoto Uchida, disse na terça-feira que os resultados e as previsões para o ano inteiro estavam dentro das expectativas da empresa. “Suspendemos a produção em muitas plantas em todo o mundo devido à pandemia de Covid-19″, disse Uchida. “As plantas que retomaram a produção também sofreram com baixas taxas de utilização devido à queda nas vendas. Como resultado, o desempenho da empresa foi impactado por esse clima de negócios desafiador”.


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