Testes de emissão de poluentes mais rígidos após o escândalo da Volkswagen estão trazendo uma surpresa inesperada: motores maiores.
As montadoras passaram uma década pesquisando como diminuir o tamanho dos motores para tentar atender a legislação de emissão de poluentes, mas devido aos testes mais rígidos realizados on-the-road (na estrada) fabricantes estão tendo problemas.
Renault, GM e VW já estão se preparando para a mudança, e outros fabricantes também devem aderir, ainda que o orçamento em pesquisa já esteja bastante apertado, devido aos investimentos necessários na área de elétricos e híbridos.
"As técnicas que usávamos para reduzir a capacidade dos motores não mais nos permitirá atingir os padrões de emissão de poluentes", declarou Alan Raposo, Head of Powertrain da Renault-Nissan. "Nós atingimos o limite de downsizing".
Por anos, montadoras reduziram o tamanho dos motores, adicionando turbo para recuperar a potência perdida, e motores de três cilindros e mesmo 2 cilindros surgiram. Estes pequenos motores passaram nos testes de laboratório atuais, com emissões e temperatura fora de realidade. Fabricantes, governos e ambientalistas sabiam que a emissão de CO2 no ambiente real é muito maior que os testes de laboratório mostravam, mas a questão permanecia sem solução.
A partir de 2017 os testes na Europa passam a ser realistas, realizadas em estrada para NOx, e consumo de combustível, e a partir de 2019, testes on-the-road para emissão de CO2 para 2019.
Estes motores menores, quando submetidos a carga superiores aos de testes de laboratório excedem em muito as especificações da legislação. O calor dos turbo a diesel emitem até 15 vezes mais NOx que o previsto na legislação. Motores a gasolina lançam material particulado e monóxido de carbono.
Um exemplo ruim é o motor da Renault H4Bt, para ajudar a diminuir o aquecimento, o sistema injeta gasolina em excesso, resultando em emissão de hidrocarbonetos não queimados, material particulado e monóxido de carbono.
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