O chefe de operações da Nissan, Gupta, antes visto como candidato a CEO, deixará a empresa

 TÓQUIO, 16 Jun (Reuters) - O diretor de operações da Nissan Motor (7201.T), Ashwani Gupta, deixará a montadora japonesa no final deste mês para buscar outras oportunidades depois de ajudar a conduzir um plano de recuperação destinado a simplificar as operações, informou a empresa nesta sexta-feira.

A Nissan planeja anunciar uma nova formação executiva em 27 de junho, coincidindo com sua saída, informou a empresa em comunicado.

A montadora disse no mês passado que o ex- executivo de longa data da Renault SA (RENA.PA) deixaria o conselho de administração em 27 de junho, quando seu mandato expirou, lançando dúvidas sobre seu futuro, já que era visto como um favorito para ser o próximo CEO.

Gupta se juntou à equipe de liderança da empresa no final de 2019, quando a terceira montadora do Japão tentava encerrar um período de turbulência desencadeado pela prisão e demissão do líder de longa data Carlos Ghosn.

Os aliados de Gupta pressionaram o conselho em 2020 para promovê-lo ao cargo de co-CEO, esperando que ele impulsionasse a recuperação da Nissan e aumentasse sua aliança com a Renault e a Mitsubishi Motors (7211.T), mas a promoção não se concretizou .

A Nissan está trabalhando para finalizar os termos de uma ampla redefinição de sua aliança de décadas com a Renault.

Gupta entrou em conflito com o presidente-executivo da Nissan, Makoto Uchida, sobre o desejo de Uchida de fechar as negociações com a Renault rapidamente, com Gupta pedindo mais cautela sobre os termos do acordo, disseram pessoas com conhecimento das negociações à Reuters.

A empresa disse na sexta-feira que Gupta assumiu posições de liderança importantes e foi uma "força motriz" em vários projetos de aliança ao longo de vários anos, resultando em muitas conquistas. Não detalhou mais as realizações.

Gupta ingressou na Renault na Índia em 2006 e mais tarde tornou-se vice-presidente responsável por seus negócios globais de veículos comerciais, cargo que ocupou até 2019, quando se mudou para a parceira júnior da aliança Mitsubishi Motors.