sábado, 28 de abril de 2018

Ir na concessionária pode ser passeio de lazer?


Aqui no Brasil, o consumidor comum costuma ir numa autorizada somente quando efetivamente vai comprar um carro zero quilômetro, e retorna na loja apenas paras as revisões periódicas que asseguram a garantia do carro. Usualmente, fim da garantia, o consumidor simplesmente evita a todo custo voltar a autorizada.

Aparentemente, porque as autorizadas construíram uma imagem de preços caros de peças.

De outro lado, não é muito comum transformar a ida a uma autorizada como um evento de lazer para a família, por exemplo. A loja flagship Nissan Crossing em Tokyo, que certamente não tem ambições de vender carros, conseguiu nos quatro meses após sua inauguração, atingir 1 milhão de visitantes.

A Nissan Crossing até possui uma boutique de produtos da marca Nissan, além de um café, mas o que atrai os consumidores são os carros lá expostos, e uma variedade de atividades, inclusive digitais recheadas de tecnologia.

Aqui no Brasil, as autorizadas são lojas bonitas, mas ainda fechadas. Todas as vezes que estive numa autorizada, os vendedores realmente permitiram que eu ficasse à vontade, mas a única coisa que a gente tem para fazer lá e ver o carro, pegar uns catálogos e talvez conseguir tirar alguma informação dos vendedores.

Uma autorizada pratica o que eu chamo de "hard-selling", elas estão lá para vender carros. Apesar de eu me sentir a vontade para entrar em outras lojas, de lojas de roupas a joalherias mesmo sem ter intenção de compra, não me sinto à vontade para fazer isto numa concessionária de veículos.

Bem, a oportunidade para a Nissan pensar em proporcionar uma experiência legal ao consumidor existe, apesar de que trazer o consumidor para um passeio não significa maiores vendas de carros. Mas como consumidor, eu gostaria muito.

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