segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Renault Kwid

Slide 1 de 14: Testamos a versão mais cara do subcompacto da marca e apontamos os altos e baixos do menor SUV do Brasil
Diâmetro de giro – Essa é medida que mostra o quanto o carro esterça. No Kwid, são 10 m. Isso quer dizer que se você parar de um lado de uma rua com 10 metros de largura, consegue fazer um giro de 360º sem precisar manobrar. Na prática, o Kwid entra e sai das vagas mais apertadas sem estresse e sem exigir aquele vai e volta constante para encaixar nos espaços.
ConsumoNós sabemos que uma coisa é o consumo que o Inmetro declara e outra é o que o carro faz no mundo real. Durante a avaliação, o carro estava com gasolina. Não chegamos aos 14,9 km/l declarados, mas cravamos 13,2 km/l com o pesado trânsito da capital paulista em uma semana de chuva.
Desempenho – Sim, o 0 a 100 km/h do Kwid está longe de ser esportivo. No mundo real, isso não quer dizer nada. A potência é pouca, até porque com gasolina são 66 cv apenas. Mas como o carro é muito leve, não senti falta de fôlego nem mesmo com passageiros. Reduções de marcha são necessárias, mas não é nada muito diferente do que acontece de outros carros 1.0. Ou seja, entrega mais do que o pequeno número sugere.
Design – Com um carro pequeno que quer ser grande, errar a mão na hora de deixar os traços marcantes é bem fácil. O Kwid traz uma cara simpática e a carroceria consegue esconder bem as proporções pouco convencionais do carro.
Montagem da cabine – O interior é simples? Sim. A cabine inteira é de plástico? Sim. Mas as peças parecem ter boa montagem e não se vê rebarbas ou partes desalinhadas. Destaque para o volante, menor e de boa pega, que é melhor até que o do Sandero.



Onde o Kwid é apenas “ok”


Economias de custo – O Kwid precisa causar uma boa impressão, mas as rodas com apenas três parafusos cada causam estranheza em quem vê o carro de perto. Pelo baixo peso e desempenho modesto, o carro não precisa de mais que isso, mas haja explicação para distorcer alguns narizes por aí. O mesmo vale para o limpador de para-brisa com apenas uma palheta.
Central multimídia – Sim, é bem legal que o Kwid Intense tenha tela sensível ao toque com GPS, ainda mais porque os rivais Fiat Mobi e VW up! não têm essa opção. Mas o Media NAV da Renault já está precisando se atualizar para espelhar a tela de smatphones via Android Auto e Apple CarPlay, o que não está disponível hoje para nenhum carro da marca.
Espaço interno – Com 1,70 m, eu me acomodo sem problemas no Kwid, inclusive no banco traseiro, mas a carroceria é estreita, então os dois passageiros da frente andam próximos uns aos outros e perto da porta e da coluna. Esqueça a visão de SUV, o Renault ainda é um subcompacto. Tem mais espaço interno que o Mobi? Sim, mas não supera o up!.
Suspensão – A forma com a qual o Kwid supera buracos, lombadas e valetas é bem legal. Depois de um tempo o motorista para de se preocupar tanto com eles. Só que não tem milagre. Para segurar a carroceria que é alta e estreita e ainda assim transmitir segurança nas curvas, a suspensão do Renault é um tanto firme e o carro dá umas sacolejadas em superfícies irregulares.
Câmbio – A caixa de transmissão do Kwid é exclusiva do modelo. Embora seja mais fácil de usar do que a do Sandero, os engates ainda são um tanto borrachudos e um pouco imprecisos.



Onde o Kwid pode melhorar

Câmera de ré – A tela da central multimídia é grande, mas a resolução da câmera não acompanha. É difícil entender as informações que o equipamento traz, principalmente em ambientes com pouca iluminação.
Porta-copos? Que porta-copos? – Se você encontrar um porta-copos dedicado dentro de um Kwid, me avise. Eu não encontrei. Os porta-objetos, sim, são fartos e bem localizados. Mas, para líquidos, só há espaço para pequenas garrafas nas portas dianteiras.
Tanquinho, lembram dele? – O tanquinho auxiliar de partida a frio é cada vez menos usado. Não no Kwid. Se você mora em uma região que faz frio e roda com etanol, se lembre de checar o nível para não ficar na mão naquela primeira partida do dia.
Freio baixo – Tome cuidado na primeira frenagem, pois o freio só começa a responder mesmo com o pé mais fundo no pedal do que você está habituado. O carro para sem problemas, mas tem que se acostumar a usar mais curso no freio.
Trepidação – É normal um motor tricilíndrico, que é naturalmente desbalanceado, apresentar trepidação. No Kwid, ela fica mais perceptível em ponto morto e em arrancadas com baixa rotação. Não é incômoda, mas os principais rivais com motorização similar são mais suaves.

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