sexta-feira, 18 de maio de 2018

O nó da fusão entre Renault e Nissan

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Oficialmente, tanto Nissan e Renault negam que estejam avaliando uma possível entre as empresas, a ponto de que o CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, ter declarado à mídia não haver interesse, uma vez eu não existiria mérito na fusão.

Na verdade, a discussão permanece do ponto de vista de estrutura do capital, ou de quem assumiria o comando da empresa. O governo francês não pode ceder, pois do ponto de vista político não faz sentido o governo entregar uma empresa francesa para controle dos japoneses, seria necessário que a Renault mantivesse algum nível de controle na futura empresa, já a Nissan até teria vantagens na aquisição da Renault, mas desde que obtivesse o controle pleno da empresa.

Atualmente, a Nissan é mais rentável que a Renault, em termos de vendas, a Nissan deve ter o dobro de tamanho da Renault. Por esta razão, a Nissan deseja ter controle sobre áreas chave da empresa, como desenvolvimento de produtos. Porém a Nissan detém 15% do capital da Renault, enquanto a Renault detém 43% do capital da Nissan, o que praticamente dá a Renault controle sobre a Nissan.
Mas a Nissan alega deter melhores qualificações em engenharia automotiva, o que a credencia a ficar com o controle de decisões vitais da empresa.

A decisão é extremamente complexa, e também há que se levar em consideração que tanto Carlos Ghosn quanto Saikawa se aproximam da data de aposentadoria, e na falta de ambos há o temor de que a aliança venha a se dissolver definitivamente.

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