
O Uber compilou dados sobre todos os incidentes graves que ocorreram durante suas viagens nos últimos dois anos.
Após dezenas de alegações de agressões sexuais cometidas por seus motoristas, a Uber prometeu em maio de 2018 publicar um "relatório de transparência de segurança". A idéia era divulgar dados sobre o número de supostas agressões que ocorrem durante suas viagens nos EUA. Agora, um ano e meio depois, a Uber finalizou esse relatório.
Em seu relatório de 84 páginas, o Uber disse que 99,9% de suas viagens terminavam sem nenhum relatório de segurança e que os 0,1% restantes detalhavam principalmente pequenos problemas de segurança, como travagens severas. Isso deixa 0,0003% dos passeios que tiveram incidentes de "segurança crítica".
Desses incidentes críticos, houve 464 estupros em 2017 e 2018 combinados. Só em 2018, houve 235 estupros, com média de quatro por semana. Ao longo dos dois anos, houve mais de 5.500 outros casos de agressão sexual, desde beijos indesejados até tentativas de estupro. A agressão sexual mais comum foi tatear, com 1.440 denúncias em 2017 e 1.560 denúncias em 2018.
"A publicação voluntária de um relatório que discute essas questões difíceis de segurança não é fácil", escreveu Tony West, diretor jurídico da Uber, em um post do blog na quinta-feira. "A maioria das empresas não fala sobre questões como violência sexual, porque isso arrisca convidar manchetes negativas e críticas públicas. Mas achamos que é hora de uma nova abordagem".

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