Apesar de estarmos provavelmente a décadas de distância de todo mundo que possui um carro autônomo, percebemos que não precisamos esperar tanto para obter os benefícios de tê-los em nossas estradas.
Uma pesquisa da Universidade de Michigan mostra que um único carro autônomo e conectado pode ajudar os outros a evitar os chamados “engarrafamentos fantasmas”, onde o tempo de reação humano leva ao tráfego que eventualmente pára. Leva apenas um motorista para acertar os freios prematuramente por qualquer motivo, e isso pode ter um efeito em cascata.
Gabor Orosz, que lidera a pesquisa, levou sua equipe e oito carros nas estradas do sudeste de Michigan para encontrar uma solução. Todos os carros foram equipados com a capacidade de transmitir sua posição e velocidade, e um deles foi escolhido para atuar como veículo autônomo.
Este carro tinha a capacidade de aplicar os freios apenas o quanto necessário e o mais cedo possível. A equipe, em seguida, dirigiu a 55 mph (88 km / h) esperando por um dos motoristas humanos para acertar os freios várias vezes, cada vez mais difícil que o anterior.
Enquanto o experimento resultou em outros motoristas humanos tendo que acertar os freios com força suficiente para o bloqueio do cinto de segurança, o carro conectado, graças a ter recebido uma notificação avançada, começou a desacelerar muito mais suavemente. Por sua vez, os motoristas humanos por trás também foram capazes de fazer o mesmo, evitando assim que alguém parasse.
Além disso, este modo de conduzir economizou energia, em até 19% no carro conectado, comparado a 7% nos veículos controlados por humanos por trás, como relatado pela Wired.
Um experimento semelhante foi realizado no ano passado na Universidade de Illinois. O resultado mostrou que, se um em cada 20 carros for pelo menos parcialmente automatizado, as ondas de parada no tráfego poderiam ser evitadas.
Enquanto a administração Trump não está obrigando a comunicação veículo-veículo em todos os carros, como o plano de Obama propôs, montadoras como Mercedes-Benz, Audi ou Cadillac ainda estão avançando para desenvolver essa tecnologia.
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